quinta-feira, 25 de setembro de 2008

"Ê vida boa que Deus deu nóis"

A vida é boa, mas de vez em quando falha.
A vida falha, mas ela é sempre boa.
Na verdade a vida tarda, mas não falha.
Você é que falha por não esperar a vida que tarda.
Quem tarda, ou melhor, quem espera sempre alcança.
Mas, lembre-se, quem tarda é a vida. Então, se só esperar, a vida só tardará.
Alegria, alegria.
Presente pelo presente e um olho lá no futuro.


Deleite-se forever!! ;*

terça-feira, 23 de setembro de 2008

"O sol há de brilhar mais uma vez"

Bom dia, bom dia meus caros!
Quanto carisma, mas que belo dia.
Achou o dia muito belo. Perguntou-se o que fazia o dia ficar assim, tão límpido, depois da tempestade. Perguntou se alguém percebeu essa minúcia, mas a resposta, previamente, já sabia. Claro que notavam. Depois de um cinza temporal veio o azul, azul turquesa acompanhava a esfera amarela ofuscante. Ofuscava. E o mais legal foi a sensação, o vento gelado que ainda restou do cinza e o amarelo esférico que, simplesmente, desfez toda a chuva.
Como era belo, como era belo!
Perguntou a si porquê poucos reparavam no tempo. Concluiu que o tempo não se resumia só nas horas, também era natureza.
Viu que o tempo da cidade não era diferente do interior. Concluiu que não reparavam no tempo aqueles que , simplesmente, não se davam tempo. Não aproveitavam o tempo.
Ficou tão feliz. Nunca estaria só. A natureza bela tinha algo de divino, acolhedor.
- Que bom que você existe!
E agradeceu ao tempo.


Felicidades. Deleite-se sempre, sempre ;*

sábado, 20 de setembro de 2008

Nossa, que triste.

“Foi nos bailes da vida ou num bar
Em troca de pão
Que muita gente boa pôs o pé na profissão
De tocar um instrumento e de cantar
Não importando se quem pagou quis ouvir
Foi assim

Cantar era buscar o caminho
Que vai dar no sol
Tenho comigo as lembraças do que eu era
Para cantar nada era longe tudo tão bom
Até a estrada de terra na boléia de caminhão
Era assim

Com a roupa encharcada e a alma
Repleta de chão
Todo artista tem de ir aonde o povo está
Se foi assim, assim será
Cantando me desfaço e não me canso
de viver nem de cantar”

- Como é?
- Não ouviste?
- Ouvi. Mas que bela frase! Repita, por favor.
- Cantando me desfaço e não me canso de viver nem de cantar.

Os calos da mão eram uma boa prova da força bruta do dia. Não, não eram calos de enchada, muito menos botava a mão na obra. Só na obra cotidiana da vida mesmo.
Sempre tudo tão rotineiro. Rotineiro levantar cedo, rotineiro fazer o café, rotineiro... rotineira a rotina. E para quebrar a rotina cantava, cantava para se desfazer do cansaço da vida.
Radinho de pilha; gogó.
Ouviu o barulho solitário da vassoura? A piaçava que arranhava o chão de cera avermelhada, tirando a poeira marrom da estrada.
Janela de madeira com três vasinhos de flores campestres. Porta aberta. Capacho no chão da porta aberta para a vida.
Lenço cobrindo os longos cabelos, protegendo os longos cabelos. Saia, avental, chita, chinelo e coração batendo por uma espera.
Espera de quem chegava as 18h do mesmo dia, mas o motivo era mesmo o da espera de sair do silêncio. Pois sabia que mesmo após as 18h a rotina continuaria a mesma, mas o silêncio já não cantava mais. Agora conversava.
Até mesmo as conversas eram rotineiras, sempre trabalho... trabalho e nunca, nem mesmo, uma simples pergunta de como você está? Estou falando tanto de mim, e você como está? Mas não não, era apenas ouvinte. Também não faria mesmo tanta diferença se ele perguntasse, porque a resposta ele já sabia, e ela também. Mas as vezes só o fato de falar besteira já descontraía.
Não faz mesmo diferença, estava acostumada. Será que ele não percebia?
Não tinham filhos, será que tê-los seria a salvação? Talvez não, seria apenas um trabalho a mais. Mas que amargura, mulher!
É, mas era cantando que ela desfazia o cansaço da vida. Só restava uma coisa, pobre mulher. Restava viver o resto da rotina.
Obrigações de casa, obrigações de cama, obrigações da vida. Dormia e acordava, varria, cantava, radinho, gogó, porta, capacho, janela, espera, do nada, silêncio, 18h, obrigações, dormia, acordava... E a vida passava.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

TRANS.

Por que tudo na pós-modernidade é trans?
Transnacional,
Transocial,
Transexual,
Transcultural,
Trans, trans, trans e mais trans. Tanto trans que eu nem lembro muito bem agora.
Será pelo significado da palavra?
No dicionário trans quer dizer além, além de, através de... Será que na era em que vivemos, já ultrapassamos todos os limites? Não existe mais fronteira? Será que é por causa da globalização... Tudo que é seu, também posso ter igual? Tudo que faço aqui, você lê lá... Você vê lá?
Tudo muito além do que eu imaginava, tudo muito trans.
Será que é transcedental? Não sei... o que transcende, perpetua. E o que é trans hoje em dia é muito efêmero, tão efêmero que vai além dos cinco sentidos.
Quantos trans cabem numa pós-modernidade?

Alguém lembra de mais algum TRANS? diz aí =)

Deleite-se ;* Valeu Daviiiii

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

O flerte inesquecível.




Na madrugada silenciosa, eu estava sentada no minúsculo, mas super agradável, quintal da casa de uma pessoa muito especial. Mas calma! Não, não foi com esta pessoa que o flerte aconteceu.
Como eu ia dizendo... Estava sentada no quintal de frente para a porta da cozinha, onde tinha uma visão certeira do meu alvo, o rolo de papel toalha. Ele estava alí em cima da geladeira, seu pacote ainda intacto, seus dois rolos envolvidos por uma
embalagem plastificada igualmente intacta.
Não sei o que aconteceu, mas ele estava deitado e inclinado de frente para mim. Suas extremidade com dois furos eram, pra mim, a perfeita percepção de dois olhos que, inclinados, ternamente, olhavam para mim.
A casa estava com todas as luzes apagadas, e a única sobrevivente foi a do banheiro. A luz vasava pelo basculante, tocando indiretamente a superfície plastificada em seus dois olhos, fazendo brilhar um olhar emocionado e apaixonado.
E fiquei alí por tempos... pensando...

Abraços!!! E, aaaaah! Eu estava sóbria. ha ha ha =]

Deleite-se
;*

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Los Hermanos!

"(...) e se eu fosse o primeiro
a voltar pra mudar
o que eu fiz
quem então agora eu seria

ahh tanto faz
e o que não foi não é (...)

e se eu for o primeiro
a prever e poder
desistir do que for dar errado

ahhh ora se não sou eu
quem mais vai decidir
o que é bom pra mim
dispenso a previsão

ahhh se o que eu sou
é também o que eu escolhi ser
aceito a condição

vou levando assim
que o acaso é amigo
do meu coração
quando fala comigo
quando eu sei ouvir."


O poema inteiro é grande, mas essas estrofes são essenciais.
Quem nunca quis voltar atrás em algum ato ou decisão? Quem nunca quis prever algo para evitar a dúvida e a dor? Mas "o que não foi não é". Pois então, já que não dá para evitar o inevitável, já que, muitas vezes, por causa do "quase" falta tudo; espero que o acaso seja sempre companheiro e que eu não sabote mais a minha intuição.


Muito obrigado, gente!
Deleite-se sempre ;*

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

SuperMarket-ing

De madrugada conversava sobre supermercados, não me pergunte como o assunto surgiu, mas eu dizia que não gostava de supermercados. E ainda não gosto. Têm uma atmosfera muito estranha, principalmente na parte das verduras; não sei se é porque as plantinhas estão alí mortas ou se é porque muitas delas estão apodrecendo e ficando com a folhinha marrom.
Sem falar das carnes expostas. Os peixes com aqueles olhos, e aquele cheiro. Melhor nem comentar.
Mas a coisa vai melhorando quando passa pela parte dos biscoitos. São tantas embalagens coloridas que fico até perdida. A partir daí é só alegria! Os rótulos das bebidas e caixinhas bacanas de guloseimas mais legais ainda. As vezes até abro um biscoito ou outro e vou comendo pra distrair, e de vez em quando também distribuem umas guloseimas para experimentação.
Nessa madrugada também comentei das minhas lembranças de infância, quando corria na rampa do estacionamento do Carrefour e fazia competição de carrinhos de compra. Lembro que adorava o bebedouro de lá.
As barras de ferro no rodapé dos congelados, muito bom subir alí para sentir o friozinho e ajeitar as caixas de salgadinhos.
Nossa! Não posso esquecer da esteira rolante... Aquilo era um mundo para mim.
E os brinquedos?! Foi lá que ganhei meu boneco do Power Ranger, ele virava a cabeça. Veio de lá também o primeiro cd player da minha casa, e vários discos de LP do Michael Jackson e outros astros POP anos 80/90.
Engraçado, comecei falando que não gosto de supermercados e acabei falando coisas, que para mim, são boas.
Então voltando ao ponto inicial, concluo que só achava legal o supermercado quando era criança. Toda criança deve gostar, é tudo tão convidativo, é tanto merchandising.
Hoje já logo reparo que supermercado não é cheiroso, não tem música agradável, o piso nunca é limpinho como deveria. E os preços? Ahhh, os preços crescem a cada dia, mas ainda bem que não estamos na plano Collor.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Tapi, tapi, tapi ôca? Não, óca.

Pois é, sabe o que é legal? Eu vou te mostrar.
Pequena receita:
- 1/2kg de farinha para tapioca;
- Água o suficiente para dar o ponto;
- Sal a gosto.
A gente encontra cada coisa no meio do caminho... E que legal! A gente vai vendo que todas as coisas têm uma mensagem, e a interpretação cabe a cada um. É particular.
Você deve estar pensando onde a tapioca entra nessa história.
Interpretando:
- Simples;
- A massa precisa só de 3 Ingredientes, todos naturais;
- O recheio que faz o negócio ficar bom. Mas veja bem, a massa tem que ser boa para suportar um recheio tão bom quanto;
- Não dispensa força do muque para dar o ponto.
Fazendo analogia:
- Simplicidade, tudo que é simples é bom. Sabe, quando vai direito ao ponto? Sem enrolação.
- Não depender de muito para viver, e dar o devido valor a quem, ou ao que, merece;
- Ter em mente que nada vem de graça, então mão na obra.
Concluindo:
Provei a tapioca e gostei. E quanto a você, tem mente aberta? Então vai lá, experimenta e depois me conta. Só experimentando para saber.


Deleite-se. Abraços carinhosos. ;*

sábado, 6 de setembro de 2008

O filho que ainda não veio.

Todo dia ele faz diferente, não sei se ele volta da rua. Não sei se me traz um presente, não sei se ele fica na sua. Talvez ele chegue sentido, quem sabe me cobre de beijos. Ou nem me desmancha o vestido, ou nem me adivinha os desejos. Dia ímpar tem chocolate, dia par eu vivo de brisa. Dia útil ele me bate, dia santo ele me alisa. Longe dele eu tremo de amor, na presença dele me calo. Eu de dia sou sua flor, eu de noite sou seu cavalo. A cerveja dele é sagrada, a vontade dele é a mais justa. A minha paixão é piada, sua risada me assusta. Sua boca é um cadeado e meu corpo é uma fogueira. Enquanto ele dorme pesado eu rolo sozinha na esteira.

Não, não. Esse texto não é meu. Quem me dera escrever assim. Pois é, Chico Buarque.
Será que paixão tem que ser assim? Pelo menos dia ímpar tem chocolate, e dia par... Bem, dia par eu me viro. Nos dias ímpares eu me contento. O nome mesmo já diz: ÍMPAR. É único, é a sensação única, talvez de última. Ai meu Deus, que não seja a última. E se for a última, ai meu Deus, me livra da brisa e me alivia a cabeça.

Recado para Maricherry

Para uma irmã ciumenta:
Devido as reclamações familiares por causa do texto abaixo em que expresso meu amor pela minha genitora, venho por meio deste dizer que TE AMOOOOOO, Mariana, mariland, mary, nana.. sei lá mais quais apelidos. hahahahaha

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

O Objeto através do tema, vai afunilando...

Pois é, quem disse, Lu, que seria fácil colar o grau? Quem disse, Lu, que quatro anos passariam rapidinho... rapidinho? Quem disse, Lu, que eles seriam bonzinhos? Que pegariam leve? Quem disse, Lu?!
Sua etapa está chegando ao fim.
Boa sorte, menina.
Aquelas 5 horas escutando sobre o objeto, aquelas 5 horas tentando encontrar esse objeto. Ainda bem que você tem amigos, aqueles que sempre acham legal o que você produz. Agradeça a Chris.
Agradeça a mãe!
- Mãe, muito obrigada por tudo. Eu te amo mais que o infinito. Amo como pai e mãe.
Mãe diria:
- Não precisa disso, menina. Estou aqui para te ajudar.
Ei você, que fala comigo na terceira pessoa, posso agradecer mais?
- Claro. Este é seu lugar.
- Obrigada a todos.
Está chegando ao fim, Lu. O espaço é tudo seu, te passo as palavras.
A jornada está dura, mas eu vou conseguir. Eu sei disso. Mas o que eu estou levando comigo? Estou levando muito mais do que eu imaginava, levando maturidade, levando leitura, levando escrita, levando determinação, levando pessoas queridas, levando experiências e a sensação e a certeza de que nada é fácil. Levo comigo também a certeza de que sou indivíduo, indivíduo em sua forma literal.
A terceira voz diz:
- Lu, corre atrás porque você está sozinha. Quem disse que dariam mão fácil?
É corrido, cadê o tempo? Ninguém tem.
Ei, por favor olha pra mim, só um pouco. Estou precisando de você, mas você não precisa de mim.
- Sua hora vai chegar, Lu. Batalhe. Não desista, é só o começo. Eu acredito em você.
- Obrigada! E sabe de uma coisa? Eu também acredito em mim. Você vai me ver lá e vai gostar.

beijo para todos. ;*

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Misturando, tudo junto e bagunçado.

É, é misturando que a idéia surge. E é claro que na 'misturança', quanto mais mistura, mais ingrediente põe, chega um momento que a mistura toma forma. É, é assim... tipo uma receita de bolo. Aliás, bolo não. Porque bolo é uma mistura muito simples. No caso da nossa mistureba aqui, que é não só uma mistureba de caracteres, mas uma mistureba de idéias.
Daí você me pergunta:
- que idéias são essas?
E eu respondo:
-Não sei.
A idéia inicial veio mais por uma necessidade, a necessidade de escrever.
Mas só pra desfazer esse hiperlink de idéias, vou voltar ao ponto inicial. Eu dizia que na mistura confusa, pondo mais ingrediente, bagunçando, é que o objeto surge. E é ao longo da escrita aqui que vou achar esse objeto e aí sim poder escrever a receita no papel.
A palavra inicial é: ORKUT
NÃO, eu não vou começar uma discussão sobre a influência social que o orkut tem no Brasil, muito menos entrar em discussão sobre tecnologia... Eita, estou longe disso. O fato é que eu me desfiz do orkut, mas me veio uma necessidade muito grande de escrever. E o Blog meio que serve pra isso, um diário.
Queria me comunicar no orkut, mas a comunicação era mais feita por fotos. Dialogando por imagens, eu quero mais é estragar meu teclado.
Também eu não sei quanto tempo isso aqui vai durar e nem que rumo vai tomar. Sei que está divertido.
Parei para pensar agora que o blog veio preencher um vazio. Quando você tem uma conta no orkut, aquilo te toma um tempo... um link puxa outro, uma foto curiosa chama a outra... e o tempo corre. Agora pelo menos estou escrevendo e exercitando meu português.
Deixando claro: tenho nada contra orkut.
Eu só precisava de algo que nunca tinha feito. Sair da rotina... Taí, esse é um bom tema também. Pensando mais a fundo nos ingredientes eu vejo que terminar o orkut e abrir um blog é, para mim, algo que vai quebrar a antiga rotina. Por isso disse lá em cima que não sei o quanto isso vai durar, vai que encontro outra coisa nova?!
É isso aí.
Lição de vida: Mesmo na confusão e na mistureba da vida, a gente sempre acha um caminho. Ser humano tende à forma e a incompletude, ou seja, busca sempre mais. Nossa, estou longe de ser um livro de auto-ajuda. rs
Mas você tem sensibilidade? Caso tenha, pensa comigo... vai lendo o texto desde o início e vai vendo como ele vai ficando amarrado, apesar da mistureba. Tudo é assim, por isso digo: Pra tudo tem um jeito!
Enrolei, enrolei... mas tudo isso é só para dizer BOAS VINDAS para mim e para você.

Deleite-se!

abraços.