quarta-feira, 9 de setembro de 2009

[Sem título]

Eu ia postar uma poesia de Vinicius de Moraes, "A Volta da Mulher Morena" (recomendo que leiam, tem em vários sites), mas algo aconteceu com meu computador que não consegui copiar textos da internet. Então, resolvi postar um texto que eu escrevi. O achei escondido num lugar que só mesmo fazendo uma limpa eu acharia. "Entonce", lá vai:
[A saudade. Quantas saudades acumuladas. Quantas saudades a gente acumula pela vida.
A saudade emergencial, aquela que é relâmpago, olha e não vê mais. Deixa aquela sensação de reencontro breve que acontecerá, ou não. Quem sabe?
Aquela saudade que a gente se acostuma, mesmo que na marra. Mas o que se pode contra? Tem coisa que escolhe a gente. Sem chance de segunda chance.
Aquela saudade que nem volta mais, apaga, nem sabe que sente mais, e acaba achando que o desencontro era mesmo o caminho a ser percorrido. O destino.
Ai que saudade, que dor.
A saudade do que nunca teve, pelo menos de vez em quando teve. Saudade daquilo que te pertence mesmo que contra a sua vontade, é o sangue que berra.
A saudade daquele que deixou a última imagem, o último suspiro de vida e que nada vai acalentar o veredito da ordem natural. Só o acalanto, a lembrança.
Aliás, a lembrança é o anestésico da dor. Há quem goste de sentir dor, ou mesmo existe aquela dor gostosa pela qual a gente não consegue viver sem.
Ai a saudade, que saudade de você. Volta logo.
Você é uma saudade que me faz lembrar de outras saudades. Mas não dói.]
Não me lembro bem, mas acho que esse texto foi escrito quando encontrei meu pai. Não tenho certeza... Também não sei a data, mas é antiguinho. hahaha
Acho que resolvi postá-lo porque estou sentindo um certo tipo de saudade, não por ele... mas é a saudade da vez!
Deleitem-seeeeeeeee ;*
"A felicidade nada mais é do que boa saúde e memória fraca".

Por Eduardo Grizotti Lana


(Roubei essa frase do meu primo, não é perfeita? rs)