Estava pensando aqui que há tempos não escrevo nada muito relevante. Acho que só pelo fato de me sentir sem nenhuma obrigação, no momento, criou-se uma rotina de ócio momentâneo. Essa obrigação não é a falta de “obrigação” com a vida, porque sei que com a vida estou cheia de obrigações e pressões. Porém, no momento estou estacionada e não há nada muito relevante que eu possa fazer pra que essas obrigações sigam o seu curso normal. Acho que só o fato de esperar um pouco, dar tempo ao tempo, descansar, já é deixar as obrigações seguirem seu curso normal.
Descansar, descansar... No momento é mais que preciso, é pôr a cabeça no lugar, analisar tudo que foi feito até aqui.
Um ciclo se fechou em minha vida, mas outro se inicia. Por enquanto espero, espero como os outros que também esperam como eu. Essa espera vem me estacionando. Parou leitura, parou a escrita. Também não posso parar tudo só porque um ciclo foi fechado. Vou abrir outro, ele se abre normalmente. Por isso comecei agora, estou escrevendo.
E agora que não tenho mais nada interessante para mim, a que ou a quem falar, vou dizendo que adoro repetir as palavras na mesma oração. São geralmente os verbos. Acho que é uma forma de reforçar uma atitude, uma ação, uma forma de pensar.
Quem inventou o Português, a língua portuguesa? Ou melhor, quem inventou esse negócio de incentivar o uso do intelecto? Quem foi o principal ousado disso tudo? Sou eu mesma. Digo isso não por pretensão, não sou Jesus Cristo, mas por saber que eu sou ser humano em carne, osso e massa cinzenta que funciona plenamente a mil por hora, graças a Deus, e por eu ser a imagem e semelhança do mais ousado dos ousados que resolveu inventar a espécie humana. Espécie esta que, hoje, se tornou o câncer da Terra em que foi semeado, o câncer dele mesmo.
Para que pensar? Pensar, dormir, tudo... tudo deveria se feito através de um botão. Imagina, estar triste e, clic, não chora mais, não pensa mais, não vive mais... Ou vive, depende da vontade.
Eu escrevo muito rápido... Acho que penso rápido, acho não! Penso mesmo.
Nem todo texto é pessoal, nem todo texto é impessoal, nenhum texto é independente, nenhum texto tem apenas um apelo literário, ou apenas um estilo textual. As coisas se cruzam, se confundem.
Já mudei o tema do texto de novo. Desculpa, minha cabeça é assim. Sou assim, mas nem tudo que escrevo é meu, é só a forma, entende? Não sou amargurada como está, nas entrelinhas, escrito nesse texto. Está em primeira pessoa, mas quem disse que é sobre mim? E quem disse que não é? E se foi influenciado por outro alguém, quem vai saber? Você também não sabe se as notícias do jornal são verdadeiras, você tem raiva da vilã da novela. E você, muito menos, sabe se é verdadeiro consigo mesmo. Então vai, me desvenda! Estou te enfrentando, instigando! Dou-te um real pelos meus pensamentos. Apenas um real, é o preço que valem. A parte do latifúndio.
Deleitemmmmmm-seeeeeee ;)