Um dia Roberta imaginou que as quaro paredes poderiam falar, que a aporta seria o limite dela para os quatro cantos do mundo.
Pensou que tudo tem uma textura, uma cor. E claro, que tudo tem uma densidade. Se tocou e sentiu o seu próprio peso.
Roberta percebeu que no silêncio tudo emite um som, inclusive seus órgãos mais internos.
Se deu conta de que todos são iguais. Que apesar do peso e das cores, tudo e todos são iguais. Não iguais de exatamente iguais, mas iguais seres humanos.
Notou que tudo isso era um pensamento, pensamento não igual ao de todos os outros, mas igual o ato de pensar.
A partir dalí, para Roberta, todos pensam alguma coisa de que não necessariamente trabalho, estudo, amor, família... Mas que todos pensam o tempo todo sobre qalquer coisa.
Mesmo na solidão, o corpo, a cabeça, a parede, a porta não param de exercer algum movimento.
Que movimento é esse? Ela não conseguiu achar a resposta, porém o fato de não achar a resposta é o que faz o pensamento não parar de pensar.
E Roberta continuou lá sozinha, pensando...
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
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