quarta-feira, 25 de agosto de 2010

É, Roberta...

Um dia Roberta imaginou que as quaro paredes poderiam falar, que a aporta seria o limite dela para os quatro cantos do mundo.

Pensou que tudo tem uma textura, uma cor. E claro, que tudo tem uma densidade. Se tocou e sentiu o seu próprio peso.

Roberta percebeu que no silêncio tudo emite um som, inclusive seus órgãos mais internos.

Se deu conta de que todos são iguais. Que apesar do peso e das cores, tudo e todos são iguais. Não iguais de exatamente iguais, mas iguais seres humanos.

Notou que tudo isso era um pensamento, pensamento não igual ao de todos os outros, mas igual o ato de pensar.

A partir dalí, para Roberta, todos pensam alguma coisa de que não necessariamente trabalho, estudo, amor, família... Mas que todos pensam o tempo todo sobre qalquer coisa.

Mesmo na solidão, o corpo, a cabeça, a parede, a porta não param de exercer algum movimento.

Que movimento é esse? Ela não conseguiu achar a resposta, porém o fato de não achar a resposta é o que faz o pensamento não parar de pensar.

E Roberta continuou lá sozinha, pensando...